Apresentar William Playfair ao Excel
Neste projeto, o objetivo foi demonstrar, replicando um gráfico do século XIX, que um gráfico não tem de denunciar a aplicação com que foi feito. Revelou-se também uma excelente forma de melhorar as competências na nossa aplicação favorita.
Tem a certeza que consegue reconhecer um gráfico feito em Excel a quilómetros de distância? Eu também achava isso. Entretanto entretive-me com alguns marcos históricos da visualização de dados e agora não tenho a certeza.
Pretendi aqui recriar o gráfico original mas sem batota:
- um único gráfico (ou seja, sem múltiplos gráficos sobrepostos);
- sem uso de formas e clipart para representar dados;
- e, obviamente, sem Photoshop.
Eis a recriação do gráfico de William Playfair sobre a evolução do preço do trigo, comparado com a evolução do salário mensal:
Compare com o gráfico no cabeçalho da página. Há alguns detalhes que poderiam ser melhorados (tipo de letra, formatos de números) mas na verdade acabou por ficar mais próximo do original do que eu próprio esperava. O Excel não gosta de representar áreas na frente de colunas, e esse foi o maior desafio.
Este gráfico de Playfair foi na verdade o segundo que tentei recriar. Comecei por um mais simples, as importações e exportações de Inglaterra:
Aqui está o original:
Este exercício demonstra que o Excel tem flexibilidade suficiente para criar gráficos que não parecem gráficos de Excel. Pode criar um gráfico que reflete o seu estilo, o seu sentido de beleza, e de que forma quer que os dados sejam apresentados. É o velho Excel, mas eles não precisam de saber. É um segredo só nosso, ok?